Hostname: page-component-77c89778f8-m8s7h Total loading time: 0 Render date: 2024-07-24T18:30:38.766Z Has data issue: false hasContentIssue false

The woody flora of cerrado vegetation in the state of Piaui, northeastern Brazil

Published online by Cambridge University Press:  01 November 1998

A. A. J. F. Castro
Affiliation:
Departamento de Biologia, Centro de Ciências da Natureza, Universidade Federal do Piauí, Teresina 64049-550, PI, Brasil.
F. R. Martins
Affiliation:
Departamento de Botänica, Instituto de Biologia, Universidade Estadual de Campinas, Caixa Postal 6109, Campinas 13083-970, SP, Brasil.
A. G. Fernandes
Affiliation:
Departamento de Biologia, Centro de Ciências, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza 60455-760, CE, Brasil.
Get access

Abstract

Cerrado vegetation covers about 33% of the total area of the state of Piauí, northeastern Brazil, where there are also large areas of transition and contact with other vegetation types. Although the Piauí cerrados are a direct northern prolongation of the central core area, they are considered marginal by almost all authors. There are few previous records of their woody flora. This paper presents a floristic list of woody species based on the survey of 11 localities and updating of two already published lists. The climate belongs to Thornthwaite's subhumid category due to Piauí's position between the semiarid northeastern domain and the superhumid Amazon. The annual total rainfall is similar to that of the major part of the Brazilian cerrado area, but the rainy season is shorter. The soils differ from most cerrado soils in containing a greater proportion of concretions and plinthite with generally lighter colours, which may be interpreted as indicating large fluctuations of the water-table during pedogenesis. There are also widespread indications of seasonal high water-table showing that many of the Piauí cerrados probably belong to Sarmiento's hyperseasonal savannah category. A total of 60 families is represented by 307 woody taxa (including 14 family indet., four genera indet. and 80 species indet.). The lowest floristic diversity (richness) occurred in pure cerrado, the greatest in transition and contact areas.

O cerrado do Piauí, nordeste do Brasil, cobre cerca de 33% da área do estado e apresenta extensas áreas de transição e contato com outros tipos de vegetação. É um prolongamento setentrional do cerrado central, mas é considerado marginal. Sua flora lenhosa é pouco conhecida. Este trabalho apresenta uma lista florística lenhosa baseada em 11 levantamentos de campo e atualização de duas listas já publicadas. Os climas são subúmidos de Thornthwaite, em decorrência de sua localização entre o domínio semi-árido nordestino e o superúmido amazônico. O total anual de chuva é semelhante ao do resto do cerrado, mas a estação chuvosa é bem mais curta. Os solos são diferentes dos do restante dos cerrados, apresentando concreções, plintita e cores claras, indicando grandes flutuações do lençol freático durante a pedogênese. As grandes flutuações estacionais do lençol freático implicam em que boa parte do cerrado piauiense possa ser classificada como savana hiperestacional de Sarmiento. Apresenta-se um total de 60 famílias conhecidas e 308 táxons lenhosos (14 desconhecidos no nível de família, 4 desconhecidos no nível de gênero e 80 desconhecidos no nível de espécie). A menor diversidade (riqueza) florística ocorreu no domínio puro do cerrado; as maiores ocorreram nas áreas de transição.

Type
Articles
Copyright
Copyright © Cambridge University Press 1998

Access options

Get access to the full version of this content by using one of the access options below. (Log in options will check for institutional or personal access. Content may require purchase if you do not have access.)

References

REFERENCES

Azevedo, L. G. de & Caser, R. L. (1980). Regionalizaçào do cerrado. In: Marchetti, D. & Machado, A. D. (coord.). Cerrado: uso e manejo. Brasília, Editerra. V Simpósio sobre o Cerrado, pp. 211230. Brasilia: Universidade de Brasília.Google Scholar
Barroso, G. M. & GuimarÃEs, E. F. (1980). Excursão botânica ao Parque Nacional de Sete Cidades, Piaui. Rodriguésia 32 (53): 241267.CrossRefGoogle Scholar
BRASIL. Ministério do Interior. Superintêndencia do Desenvolvimento do Nordeste. (1990). Dados pluviometricos mensais do Nordeste; Estado do Piauí. Recife: SUDENE/DPG/HME, 236 pp. (Pluviometria, 2).Google Scholar
Castro, A. A. J. F. (1984). Vegetação e flora da Estação Ecológica de Urucui-Una (Resultados preliminares). Anais Congresso Nacional de Botânica 36: 251261.Google Scholar
Castro, A. A. J. F. (1994). Comparação florístico-geográfica (Brasil) e fitossociológica (Piaui Sao Paulo) de amostras de Cerrado. PhD thesis. Universidade Estadual de Campinas. São Paulo, Brazil.Google Scholar
Cepro. Fundação Centro de Pesquisas Economicas e Sociais do Piaui. (1992). Cerrados piauienses: estudo preliminar de suas potencialidades. Teresina: CEPRO, 63pp.Google Scholar
Coutinho, L. M. (1978). O conceito de cerrado. Revista Brasileira de Botânica 1(1): 1723.Google Scholar
Cronquist, A. (1988). The evolution and classification of flowering plants. 2nd edn. New York: New York Botanical Garden, 555pp.Google Scholar
Fern Andes, A. G. & Bezerra, P. (1990). Estudo fitogeogràfico do Brasil. Fortaleza: Stylus Comunicações, 205pp.Google Scholar
Furley, P. A. & Ratter, J. A. (1988). Soil resources and plant communities of the central Brazilian cerrado and their development. Journal of Biogeography 15: 97108.Google Scholar
Furley, P. A., Ratter, J. A. & Gifford, D. R. (1988). Observations on the vegetation of eastern Mato Grosso, Brazil III. The woody vegetation and soils of the Morro de Fumaça, Torixoreu. Proc. R. Soc. Lond. B 235: 259280.Google Scholar
Goergen, J. (1983). Critérios ecológicos para o desenvolvimento de modelos de aproveitamento agricola adaptados a regiões das chapadas no Piaui central, Brasil. Teresina: DNOCS/GTZ, 243pp. (Mimeographed).Google Scholar
Heringer, E. P., Barroso, G. M., Rizzo, J. A. & Rizzini, C. T. de (1977). A flora do cerrado. In: Ferri, M. G. (coord.). IV simpósio sobre o cerrado, pp. 211232. São Paulo: EDUSP; Belo Horizonte: Italiaia.Google Scholar
Jacomine, P. K. T. (coord.). (1986). Levantamento exploratório de reconhecimento de solos do estado do Piaui. 2 vol. Rio de Janeiro, EMBRAPA/SNLCS. Recife: SUDENE/DRN, 782pp.Google Scholar
Jen Rich, H. (1989). Vegetação arbórea e arbústea nos altiplanos das chapadas do piaui central; Caracteristicas, ocorréncias e empregos. Teresina: DNOCS/GTZ.Google Scholar
Krishnan, A. (1980). Agroclimatic classification methods and their application to India. In: Virmani, S. M., Sivakumar, M. V. K., Rosenberg, G., Kumble, V. (eds.). Climatic classification: a consultant's meeting. Patanchern: ICRISAT, pp. 5988.Google Scholar
LeitÃO Filho, H. de F. (1992). A flora arbórea dos cerrados do estado de São Paulo. Hoehnea 19: 151163.Google Scholar
Lima, M. G. de, Alencar, P. A. M. de & Coelho, H. (1982). Normais de temperaturas maxima, minima e média estimadas em função de latitude, longitude e altitude para o estado do Piauí. Ensaios. Boletim de Pesquisa 1: 937.Google Scholar
Mueller-Dombois, D. & Ellenberg, H. (1974). Aims and methods of vegetation ecology. New York: John Wiley and Sons, 547pp.Google Scholar
Nimer, E. & BrandÃO, A. M. P. M. (1985). Balanço hidrico anual a partir de valores normais e tipologia climática. Revista Brasileira de Geografia 47 (3/4): 373416.Google Scholar
Nimer, E. & BrandÃO, A. M. P. M. (1989). Balanço hidrico e clima da região dos cerrados. Rio de Janeiro: IBGE, 166pp.Google Scholar
Oliveira, J. B. de; Jacomine, P. K. T. & Camargo, M. N. (1992). Classes gerais de solos do Brasil; Guia auxiliar para sen reconhecimento. Jaboticabal: FUNEP, 201pp.Google Scholar
Ratter, J. A. & Dargie, T. C. D. (1992). An analysis of the floristic composition of 26 cerrado areas in Brazil. Edinb. J. Bot. 49: 235250.CrossRefGoogle Scholar
Ratter, J. A., Richards, P. W., Argent, G. & Gifford, D. R. (1973). Observations on the vegetation of northeastern Mato Grosso I. The woody vegetation types of the Xavantina—Cachimbo Expedition area. Phil. Trans. R. Soc. B 266: 449492.Google Scholar
Ratter, J. A., Askew, G. P., Montgomery, R. F. & Gifford, D. R. (1977). Observações adicionais sobre o cerradão de solos mesotróficos no Brasil Central. In: Ferri, M. G. (coord.). IV Simpósio sobre o Cerrado, pp. 303316. São Paulo, Brazil.Google Scholar
Ratter, J. A., Askew, G. P.; Montgomery, R. F. & Gifford, D. R. (1978). Observations on forests of some mesotrophic soils in Central Brazil. Revista Brasileira de Botãnica 1: 4758.Google Scholar
Ratter, J. A., Bridgewater, S., Atkinson, R. & Ribeiro, J. F. (1996). Analysis of the floristic composition of the Brazilian cerrado vegetation II: Comparison of the woody vegetation of 98 areas. Edinb. J. Bot. 53: 153180.CrossRefGoogle Scholar
Rizzini, C. T. de. (1963). A flora do cerrado; Análise floristica das savanas centrais. In: Ferri, M. G. (org.). Simpósio sobre o cerrado: pp. 105202. Sao Paulo: Edgard Blücher/EDUSP.Google Scholar
Rizzini, C. T. de. (1976). Contribuição ao conhecimento das floras nordestinas. Rodrigueśia 28 (41): 137193.Google Scholar
Rizzini, C. T. de, Coimbra Filho, A. F. & Houaiss, A. (1988). Ecossistemas brasileiros/Brazilian ecosystems. Rio de Janeiro: Index, 200pp.Google Scholar
Rodal, M. J. N. (1992). Fitossociologia da vegetacao arbustivo- arbórea em quatro áreas de caatinga em Pernambuco. PhD thesis. Universidade Estadual de Campinas. São Paulo, Brasil.Google Scholar
Rodal, M. J. N. (1994). Lista de famílias e especies arbustivas e arboreas depositadas nos herbários da Empresa Pernambucana de Pesquisa Agropecuária (IPA), professor Vasconcelos Sobrinho (PEUFR) e Universidade Federal de Pernambuco (UFP). Recife: Universidade Federal Rural de Pernambuco, 15pp. (Reprographed).Google Scholar
Sarmiento, G. (1983). The savannahs of tropical America. In: BourliÈRe, F. (ed.). Tropical Savannahs. Amsterdam: Elsevier, pp. 245288.Google Scholar
Sarmiento, G. (1984). The Ecology of Neotropical Savannahs. Cambridge, USA: Harvard University Press, 235pp.CrossRefGoogle Scholar
Thornthwaite, C. W. (1948). An approach towards a rational classification of climate. Geographic Review 38 (1): 5594.CrossRefGoogle Scholar
Thornthwaite, C. W. & Mather, J. R. (1955). The water balance. Publication of Climatology 8 (1): 1104. Laboratory of Climatology, Centerton, New Jersey University, USA.Google Scholar
VarejÃO-Silva, M. A. & Reis, A. C. de S. (1988). Agrometeorologia e climatologia tropicais, pp. 8689. Módulo 1.1. Brasilia, ABEAS.Google Scholar