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Revolucao Social NA America Latina em 1961

Published online by Cambridge University Press:  02 January 2018

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Prevalece no momento a opinião, conforme a qual essa região se encontraría em pleno processo de “revolução social”, sem quaisquer precedentes nesse sentido no passado, mesmo recente.

Quer nos parecer, realmente, muito acertada tal interpretação dos fenômenos de dinamismo social como principal característica do cenário turbulento, em 1961, dessa região tôda: 20 países com mais de 205 milhóes de habitantes.

Depois de sair de longo período de estagnação pós-colonial, essa parte do Hemisferio Ocidental — primeira grande região do “mundo subdesenvolvido em vésperas de se incorporar plenamente ao ciclo de civilização material adiantada — entrou, no período de após guerra, numa fase de alteracóes bruscas e febris que, simultáneamente, abrangem a sua estrutura política, as suas bases económicas, os seus fundamentos populacionais, mas, sobretudo, o seu panorama social.

Type
Research Article
Copyright
Copyright © University of Miami 1962

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References

1 Referimo-nos ácima á América Latina toda, como área relativamente homogénea. Quer nos parecer, com efeito, que o denominador comum dessa grande regiáo prevalece aínda sempre sobre seus numeradores variáveis. Quanto aos elementos que separam uns dos outros países da América de línguas romanas, veja-se o original estudo de autoría do Professor Roger Vekemans, S. J., intitulado “Síntesis de la Tipología Socio-Económica de los Países Latinoamericanos”, apresentado ao Grupo de Trabalho sobre os Aspectos Sociais do Deselvolvimento Económico na América Latina, reunido sob o patrocinio da UNESCO, no México, entre 12 e 21 de dezembro de 1960 (Doc. UNESCO/SS/SAED/A6, de 28 de novembro de 1960) que classifica êsses países, em obediencia a criterios econômicos, sociais e políticos em 6 grandes grupos, com características mais bem quantitativas que qualitativas que lhes são próprias.

2 Veja-se a estudo analítico, “The New Social Program for Latin America”, elaborado pelo autor do presente artigo publicado pela revista Economic Development and Cultural Change (University of Chicago), 1961.

3 Reinhold Niebuhr, “Communist Dogma and Latín America” (The New Leader, 29 de maio de 1951.)

4 Veja-se a excelente análise do militarismo latino-americano, de um certo modo, recrudescido no último qüinqüênio, no estudo de autoría de Edwin Lieuwen, intitulado: Arms and Politics in Latin America, New York, 1960.

5 Reunião realizada em Bogotá (Colômbia) entre 9 e 15 de maio de 1960; por outra parte, convém assinalar a reuniáo interamericana de estudos, dedicada aos assuntos congéneres, e organizada pela Repartição Internacional do Trabalho em Montevidéu (Uruguai) entre 3 e 12 de novembro de 1960.

6 Veja-se Estanislau Fischlowitz, “Greater Social Mobility Combined with a Growing Exodus from the Farms Represent a Changing Latin America” (The New Leader, November 21, 1960).

7 Vejam-se os interessantes subsidios para o exame do éxodo rural do Seminario sobre Problemas de Urbanização na América Latina, patrocinado por varias organizações internacionais e realizado em Santiago do Chile entre 6 e 18 de julho de 1959, assim como Estanislau Fischlowitz, “Éxodo en Latinoamérica (Combate, No. 2, de 1961).

8 Vale a pena destacar, como interessante e bem expressiva coincidência, o aumento dos movimentos de migração interior, por um lado, e a estagnação do vulto da imigração internacional, por outra parte. Quanto a êste último aspecto, veja-se a excelente monografía de autoría do Prof. Fernando de Bastos Avila, S. J., intitulada Inmigración a América Latina, União Pan-Americana, Washington, D. C., 1961.

9 UNESCO, La situación educativa en América Latina. La enseñanza primaria: estado, problemas, perspectivas (Paris, 1960), Doc. E. D. 58/ D. 14/5.

10 Comité de Estudos Latino-Americanos da Universidade da California, Statistical Abstract of Latin America for 1957.

11 Veja-se Robert C. Cook, Latin America, Decade of Decision, bulletin, Population Bureau, Inc., Washington, D. C, abril de 1961.

* Nota da Redação. Após a publicação dos resultados preliminares do Resenceamento de 1960 sabe-se que êsse aumento foi maior que 3.0 porcento no período 1950-1960.

12 Vejam-se os recentes relatónos da CEPAL, da OEA e da OIT que refletem de um modo unânime a difícil situação econômica da América Latina nesses últimos anos.